segunda-feira, 14 de maio de 2012

13 DICAS PARA SE TORNAR UM GERENTE EMPREENDEDOR

13 DICAS PARA SE TORNAR UM GERENTE EMPREENDEDOR
(INTRAPRENEUR) - Parte II Por Ernesto Artur Berg Continuando o artigo sobre o Gerente Empreendedor iniciada na semana passada, dou agora 13 dicas para quem deseja tornar-se um Intrapreneur e, assim, alavancar sua carreira profissional. 1.ESTABELEÇA METAS A grande diferença entre realizar e não realizar está no estabelecimento de metas. Pessoas que estabelecem metas realizam seus objetivos; pessoas que não o fazem quase sempre acabam realizando pouco. Para reunir toda a energia e motivação necessárias – e é precisobastante – para obter sucesso na vida profissional você tem que gostar muito do que faz. Do contrário, é muita mão-de-obra, e você vai se desgastar bastante. Em termos concretos, você tem que descobrir o que, em seu trabalho, você de fato gosta de fazer e depois expandir cada vez mais essa atividade. Gaste sua energia naquilo que o fascina mais, pois é o que fará sua profissão decolar. Por isso, estabelecer metas por escrito é o primeiro passo para fazer as coisas acontecerem, porque transforma você de pensador em realizador. 2. PLANTE O SEU FUTRO AGORA Você costuma perder tempo pensando no que poderia ter feito ou no que poderia ter acontecido? Os erros do passado continuam a atormentá-lo? É bom lembrar que é errando que se aprende. Um erro poderá lhe ensinar a não cometer muitos erros semelhantes no futuro, o que já é um grande lucro. Considere o erro como uma etapa de aprendizado no caminho do seu sucesso. Por outro lado, você se preocupa demais com o que poderá acontecer no futuro? Perde o sono pensando se vai perder o emprego, se não terá dinheiro suficiente ou se poderá adoecer? Você pensa que o mundo lhe tem sido injusto? Está cheio de ressentimentos, espírito crítico, talvez até ciúmes? Ponha um freio nesses pensamentos antes que eles conquistem a sua mente. Está perdendo horas preciosas que deveriam ser dedicadas a projetos e ações positivas. Comece por estabelecer 1) uma meta ambiciosa (para 3 a 5 anos), e 2) um plano de ação imediato (de 6 a 12 meses) e trabalhe rapidamente nesse sentido. Verá como as coisas irão clarear e se encaminhar de forma positiva. 3.TOME A INICIATIVA Não espere que as coisas aconteçam ao seu redor. Faça-as acontecer. Tome a iniciativa de agir. Sugira novos métodos e processos mais eficazes de trabalho. Nas reuniões, participe ativamente – em vez de entrar mudo e sair calado -, dando idéias, sugerindo ações, colocando-se à disposição para ajudar, participando de projetos. Escreva artigos para o jornal da empresa ou da associação. Se precisar aprender algo ou necessitar de informações, vá ao encontro das pessoas que podem ajudá-lo, não se esconda. Seja ativo e participativo. 4.FIQUE NA BERLINDA Seja ativo nas suas associações profissionais, pois é uma boa maneira de ganhar destaque perante as pessoas que são fundamentais nesse ramo.Ofereça-se para fazer parte de comissões ou candidate-se a cargos eletivos – já que ninguém geralmente os deseja. Essas posições aumentam enormemente o seu grau de destaque dentro da profissão. Você poderá fazer contatos de grande valia e manter-se atualizado com o que está acontecendo em sua profissão. 5.CONHEÇA SUA ORGANIZAÇÃO EM DETALHES Conheça sua organização tanto interna quanto externamente, ou seja, sua estrutura e o mercado em que atua. No âmbito interno, quanto mais você souber sobre como operam os outros departamentos, melhor poderá trabalhar com eles. Conhecer bem a sua empresa traz enormes compensações. Procure saber quais são as diretorias e os vários departamentos de cada diretoria, quem são as pessoas-chave da organização, quais são os produtos e serviços de sua companhia, em que segmento de mercado atua, quem são os clientes, os fornecedores, os concorrentes. Conhecendo sua organização, você estará mais qualificado e posicionado para aproveitar promoções ou participar de novos projetos. 6. ESPECIALIZE-SE Procure trabalhar em algo em que você seja o melhor. Então as pessoas realmente passarão a procurá-lo. Da mesma forma como um bom advogado se especializa em direito criminal ou direito tributário, você pode se especializar em gestão de projetos, problemas orçamentários ou de pessoal. Procure a excelência no que faz e estará colocando em evidência a sua carreira. 7.TENHA UMA VISÃO GENERALISTA Tão bom quanto ser especialista é ter uma visão global do contexto em que atua. Com isso você estará evitando as limitações e os exageros da superespecialização. Em vez de só enxergar a árvore, estará enxergando a floresta toda. Poderá chegar a conclusões mais geraise abrangentes. 8.FAÇA MAIS DO QUE É ESPERADO DE VOCÊ Não cumpra apenas o seu dever; faça mais do que o esperado. Assim estará realizando mais, aprendendo mais, se destacando na empresa e obtendo chances de promoção. Se não proceder dessa forma, estará patinando na vala comum dos cumpridores de ordens, que podem ser bons, mas que nada ou pouco fazem para concretizar suas aspirações de obter melhores posições na vida. 9.SAIBA LIDAR COM PESSOAS Comunique-se, ouça, fale. Promova o seu pessoal, treine-o, faça-o participativo, trabalhe em cima das capacidades e potencialidades de sua equipe. Converse com pessoas e funcionários de outras áreas da companhia. Esteja aberto ao diálogo, motive. Só para lembrar: ninguém que aspir e realmente ascender na carreira profissional poderá fazê-lo sem saber lidar e trabalhar com pessoas, por mais que você seja um especialista consagrado. No final, tudo acabará sendo feito por pessoas – seja um projeto, um produto, um serviço – e, se elas não forem bem lideradas, motivadas e treinadas, tudo acabará afundando no pantanal do desinteresse e da incompetência. 10.INVISTA EM SUA CARREIRA. Se não investir em sua carreira, ninguém o fará por você. Logo, depende só de você. Participe ativamente de treinamentos (no mínimo seis por ano) não só em sua profissão mas em áreas paralelas à sua. Vá regularmente a cursos, seminários, palestras, simpósios, workshops. É nesses treinamentos que você vai obter não apenas conteúdo dos palestrantes, mas também estreitar relacionamentos com outros participantes que lhe poderão fornecer muitas informações sobre suas experiências – como você também – e lhe abrir muitas portas. Assine revistas, periódicos e jornais especializados que lhe tragam informações rápidas e atualizadas. No mínimo uma vez por mês dê um pulo na livraria da esquina e veja as novas literaturas sobre sua profissão. Aprenda um ou dois idiomas estrangeiros. Se não souber inglês, não perca mais tempo e matricule-se num curso. Se já for fluente no inglês, (o que já deveria ser), aprenda outro idioma, como alemão, espanhol, francês ou outra língua de seu interesse. Veja fitas de videocassete e CD's sobre sua profissão. São fáceis de adquirir, os preços são acessíveis e cobrem todos os assuntos. 11.ESTABELEÇA UMA REDE DE CONTATOS Nada pode impulsionar a sua carreira mais rápido e mais longe do que ter uma rede de contatos, isto é, uma retaguarda de amigos e conhecidos em posição de apoiá-lo e ajudá-lo a atingir suas metas. A rede de contatos é uma via de mão dupla: funciona não apenas para que você possa ser ajudado, mas também para que você possa ajudar. Os chamados “golpes de sorte” vêm geralmente por intermédio de um contato pessoal; alguém que, conhecendo sua capacidade, ponha em suas mãos a tão almejada oportunidade. Mantenha-se em circulação e conheça o maior número de pessoas com poder de decisão e influência. Mas quero enfatizar: só os contatos não resolvem. É preciso também que você tenha competência, iniciativa, seriedade e honestidade para dar conta da oportunidade que surgir. 12.FAÇA APRESENTAÇÕES EM PÚBLICO Não há nada que o faça se destacar mais do que falar em público. É a Técnica de sucesso que mais rapidamente o projeta perante outras pessoas e a empresa. Não é exagero afirmar que nenhuma outra técnica consegue abrir mais portas, ou lhe trazer mais oportunidades profissionais. As apresentações são oportunidades grandiosas para transformar os ouvintes em clientes ou executores de idéias. É o que mais consegue alterar opiniões e concepções , pois ali quem detém a magia da palavra e da idéia é você, e isso vale mais do que muitas reuniões, e-mails, memorandos ou infindáveis discussões frente a frente. Basta uma apresentação bem feita, e você terá comprado a audiência a seu favor. A vantagem da apresentação é que você tem tempo de se preparar, fazer a seqüência da exposição e encerrá-la de forma convincente. Nada é feito de improviso, pois você tem o domínio do andamento da palestra. 13.SEJA POSITIVO, SEJA POSITIVO Irradie energia. Cerque-se de pessoas positivas, realizadoras, otimistas. Pessoas que irradiam energia são super-realizadoras, não importa o campo em que atuem. Adote um comportamento do tipo “tudo é possível fazer”; verá então como os outros irão se desdobrar e atacar os trabalhos mais difíceis e superar condições desfavoráveis até chegarem ao objetivo. Além disso, se sua atitude for realmente positiva, seu subconsciente se tornará seu aliado, pois será favoravelmente sugestionado. Assim que o consciente e o subconsciente estiverem sintonizados, alinhados na mesma direção, coisas maravilhosas começarão a acontecer. Suas decisões terão maior acerto e atrairão as pessoas certas para o trabalho certo.

Relacionamento e fidelização de clientes

Quando uma empresa por algum motivo específico não consegue fidelizar um cliente e o perde para a concorrência, o elo estabelecido no processo lógico é quebrado. De alguma forma o cliente não obteve a satisfação almejada e buscará no concorrente uma possibilidade maior de atingi-la.
Philip Kotler (2001, p. 70) afirma: “A chave da retenção de clientes é a satisfação de clientes”. Essa satisfação que é mencionada por Kotler é a sensação de prazer resultante da comparação do desempenho ou resultado percebido de um produto em relação às expectativas do comprador.
Cada vez mais, as empresas estão reconhecendo a importância de satisfazer e reter o cliente. Clientes satisfeitos constituem o capital mais precioso que a empresa pode ter. Com isso, os investimentos em marketing de relacionamento com o cliente se expandem e ganham importância nas ações da empresa. Segundo Kotler (2001), se uma empresa estivesse à venda, o comprador pagaria não só pelas instalações, pelos equipamentos e pela marca, mas também pela base de clientes, pelo número e o valor dos clientes que fariam negócios com a nova proprietária.
Eis alguns fatores interessantes que o autor destaca sobre a retenção de clientes:

  • Conquistar novos clientes pode custar até cinco vezes mais do que satisfazer e reter os que já existentes. Afinal, não é fácil induzir clientes satisfeitos a deixar de contratar seus fornecedores atuais.
  • As empresas perdem em média 10% de seus clientes a cada ano.
  • Conforme o setor, uma redução de 5% no índice de perda de clientes pode aumentar os lucros de 25 a 80 %.
  • A taxa de lucro por cliente tende a aumentar ao longo do tempo de permanência do cliente retido.
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O marketing de relacionamento baseia-se na premissa de que clientes importantes precisam de atenção contínua e concentrada.
Segundo Kotler (2001), os vendedores que trabalham com clientes-chave devem fazer mais do que telefonar quando achar que eles estarão prontos para fazer pedidos. Devem estar presente ao longo do processo não somente quando for esperado.
Hoje, o marketing de relacionamento se configura como uma das ferramentas essenciais para a fidelização de clientes. “Os investimentos em marketing de relacionamento oferecem ótimo retorno com clientes que possuem horizontes longos de tempo e altos custos de mudança.” (Kotler, 2001, p. 660)
Para entender melhor o processo de relacionamento entre empresa e cliente, se faz necessário a compreensão do comportamento do consumidor. Sobre esse assunto, Maslow[1] (apud, Kotler; Fox, 1994, p. 230) afirma: “As pessoas agem para satisfazer primeiro as necessidades mais básicas antes de satisfazer suas necessidades mais elevadas.”
À medida que cada necessidade básica for satisfeita, ela deixa de ser motivadora e uma necessidade mais elevada passa a definir a orientação motivacional da pessoa.
Segundo a hierarquia de necessidades de Maslow atenderíamos primeiro as necessidades fisiológicas (fome e sede), posteriormente necessidades de segurança (abrigo, proteção), depois necessidades sociais (senso de posse, amor), seguindo para necessidades de consideração (auto-estima, reconhecimento, status) e por último, necessidades de auto-realização (autodesenvolvimento).
Para Kotler (2001, p. 33), “necessidades descrevem exigências básicas entre elas estão: comida, ar, água, roupa, abrigo, recreação, entretenimento, e também a educação.” Essas necessidades se tornam desejos quando são dirigidas a objetos específicos capazes de satisfazê-las.
Ainda sobre o comportamento do consumidor, Kotler e Fox (1994, p. 229) afirmam:
O interesse de uma pessoa pode ser estimulado por sinais internos ou externos. Um sinal interno consiste em a pessoa começar a sentir uma necessidade ou disposição para fazer algo. O sinal pode tomar a forma de um estímulo fisiológico, como fome ou sede, ou psicológico, côo aborrecimento ou ansiedade. Já um estímulo externo consiste de algo vindo de fora para atrair a atenção da pessoa e estimular seu interesse por uma classe de produto. O sinal pode ser pessoal (um amigo, professor ou parente) ou impessoal (um artigo ou anúncio de revista).
Tudo isso faz com que o momento da escolha não seja algo movido por mero impulso do cliente, mas sim, fruto de uma pesquisa detalhada e muito bem pensada. As opiniões de amigos, referência de outros consumidores e resultados de pesquisas pesam na hora de optar pelo produto ou serviço.
Sendo assim, atender as satisfações dos antigos clientes, não pode ser encarado apenas como uma ação de marketing para a fidelização, mas também como uma importante ferramenta para a captação de novos e potenciais consumidores. E é assim que o marketing de relacionamento auxilia as empresas, gerando dados e promovendo ações que possibilitem entender o comportamento do consumidor alvo e identificar os fatores que levam a sua satisfação.

[1] MASLOW, Abraham H. Motivation and personality. New York: Harper & Row, 1954. p. 80 - 106